Inserida num vale e com o Rio Águeda a separá-la de Espanha, Almofala foi atrativo para vários povos.
A presença romana é bem visível na torre e na Ara votiva que nos fala da CIVITAS COBELCORUM.
O topónimo Almofala tem origem árabe, no termo ALMOHALA e significa “acampamento”. Surge mencionado pela primeira vez em documentos do ano de 1217.
Em Outubro de 1642, a freguesia foi muito destruída pelos espanhóis e, existindo um cruzeiro a assinalar esse episódio. Foi nessa altura que as aldeias de Torre dos Frades e Colmenar, foram completamente destruídas.
Em termos monumentais destacam-se:
Torre de Almofala, este templo romano de planta clássica rectangular, correspondendo o actual espaço à cella; presença de podium, cuja cornija apresenta perfil característico dos templos dessa época. Modificações posteriores para adaptação a atalaia militar e/ou residência senhorial; conjugação do aparelho de granito estrutural com alvenaria de xisto. Este templo está classificado como Monumento Nacional desde 1977.
Cruzeiro Roquilho do séc. XVI, classificado como Imóvel de Interesse Público que assinala uma antiga via de peregrinação a Santiago de Compostela.
A Barragem de St.ª Maria de Aguiar, com o magnífico espelho de água e a diversidade da fauna e flora é por excelência lugar de interesse paisagístico. Neste lugar podem ser observadas a vida de algumas espécies de aves aquáticas, que aqui nidificam, como é o caso do Pato-Real, o Mergulhão-de-Crista, os Galeirões e os Corvos marinhos de faces brancas. É um local lindíssimo, no Verão é utilizado como zona de lazer. As Carpas e as Trutas são as únicas espécies piscícolas que são permitidas pescar.
O Lugar de Santo André fica na freguesia de Almofala, de onde se pode vislumbrar o vale escarpado e profundo das arribas do Águeda. É nestas escarpas, verdadeiros santuários naturais, em locais de difícil acesso nos afloramentos rochosos, que nidificam o grifo, a Águia-real e o abutre do Egipto. Em Santo André foi localizado um castro Celta, destacando-se ainda hoje as esculturas Zoomórficas (Berrões) a atestar a presença de Vetões.