Objetivos
– Levantamento de memórias, factos e relatos sobre a mulher de Figueira de Castelo Rodrigo;
– Dinamizar roteiros urbanos Júnior e Sénior para levantamento de toponímia;
A toponímia é um indicador da grande diferença nas representações de género no país. No concelho de Figueira de Castelo Rodrigo, 27% das ruas têm nome de homens e apenas 3% das ruas têm nomes de mulheres.
As restantes têm nomes que podem ser masculinos ou femininos, mas que se referem a coisas ou conceitos.
O número de ruas com nomes de mulheres é 10 vezes menor que os nomes de homens, e as que dão nome a quase todas as ruas de maior destaque são figuras religiosas. Retirando as figuras religiosas e dinásticas, sobra uma minoria de ruas com nomes de mulheres, como as professoras ou figuras femininas locais.
A mais importante rua com nome de mulher é a Rua Santa Maria de Aguiar e tem uma extensão de 2700 metros.
No passado e ainda atualmente a opressão das mulheres foi e ou ainda é resultado da conceção construída pela sociedade onde ao homem cabia a responsabilidade de obter recursos económicos para o Lar e à mulher de cuidadora da casa e dos filhos.
Ainda hoje, o espaço público é resultado de construções sociais de género.
Com esta atividade pretende-se a tomada de consciência desta realidade e preparar a sociedade para uma necessária mudança de paradigmas resultando assim numa sociedade equitativa e mais equilibrada.
Os dados disponíveis serão cruzados com os levantamentos resultado das atividades que serão aqui desenvolvidas.
A participação é gratuita e pode ser efetuada de 22 de março a 22 de abril, através do preenchimento de formulário próprio disponível no Portal do Município de Figueira de Castelo Rodrigo, onde é possível aceder às condições de participação. Para mais informações envie e-mail para: gabinetecomunicacao@cm-fcr.pt.
Normas de Participação
Podem participar todos os residentes e não residentes no concelho de Figueira de Castelo Rodrigo, desde que tenham idade superior a 18 anos, ou com autorização dos encarregados de educação.
Cada participante só pode submeter uma fotografia, memória, fato e/ou relato, por cada figura feminina/local/topónimo, que deverá ser carregado(a) na plataforma ou entregue no balcão do Munícipe, com as seguintes especificações: título do trabalho; nome de mulher ou figura feminina, toponímia ou local/topónimo retratado; memória descritiva (até 100 palavras); nome do autor; data de nascimento; e-mail e telefone/telemóvel. Por outro lado, as fotos e ou textos devem respeitar obrigatoriamente o tema “Toponímia para a Igualdade”; as fotos devem ser tiradas no Concelho e convidar à descoberta dos potenciais valores patrimoniais dos locais fotografados; ser originais; não manipuladas e sem assinaturas; e a dimensão dos ficheiros deve ser inferior a 10 MB.
Todos os participantes irão receber uma lembrança; os trabalhos serão posteriormente utilizados numa exposição e arquivo de memória digital ou outros meios disponíveis, devendo fazer-se acompanhar de uma declaração de autorização/cedência dos direitos dos trabalhos entregues.